terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Havia

Havia chegado o dia em que a poesia virou orgia nos bacanais
Havia chegado o tempo em que os sofrimentos eram tristes ais
Havia chegado a fala, o galo, a gala
Havia chegado o sexo, o inverso, o reflexo

E eu não sabia se havia chegado

Saudade

Tenho andado meio paranóica...
Por quê que o tempo passa mas não consigo te esquecer?
Você era meu porto seguro, meu amigo, meu companheiro.
Você que sempre ouviu meus lamentos, minhas queixas, minhas dúvidas... Meu choros!
É que é muito difícil pensar que nunca mais te verei. Mesmo longe, quando eu precisava de alguém, te mandava email, e você sempre respondia, me ligava, me acalmava. Sempre dizendo que ia parar de fumar, ia fazer a cirurgia, mas no telefone eu escutava aquela mesma voz rouca "Pois é minha amiga, voltei a fumar"...
Os espíritas dizem que não devemos chorar por quem não está mais aqui, nem ficar lamentando, que isso prende o espírito dessa pessoa. Se existe algo, espero que não esteja tendo dificuldades por minha causa. Eu tento, meu amigo, mas não consigo.
Você foi meu amor, meu companheiro, meu sexo... você foi sempre meu melhor amigo.
Os anos se passaram e você me viu trocar o cabelo, trocar o gosto musical, trocar as festas, trocar os estudos, trocar os amigos... Você me viu feliz, triste, com nojo... Me viu querendo experimentar algo novo, uma posição nova... Me viu sem saber se o que eu sentia por uma garota era só amizade ou desejo realmente (Apesar de você ter me dito para eu abrir o jogo com ela eu nunca consegui, amigo, ficou só nisso)...
Como era bom falar com você...

"É porque bem sei que quem tanto amei não verei jamais..."